quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Juiz recusa destruir escutas de Sócrates

29 de Dezembro, 2010

Por Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita

Arguidos e assistentes do Face Oculta notificados para dizer se querem ter acesso às cópias agora surgidas. (actualizada)

As cópias agora encontradas das conversas telefónicas entre José Sócrates e Armando Vara vão permanecer no processo Face Oculta e a ordem de destruição enviada esta semana pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) não vai ser tão cedo executada.

O juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução e Acção Penal - onde o processo está agora para realizar a fase de instrução -, notificou os arguidos e os assistentes no processo para se pronunciarem sobre estas gravações, e só depois decidirá se as destrói ou não.

O SOL, que na semana passada revelou que as escutas a Sócrates não estão todas destruídas, sabe que o advogado Ricardo Sá Fernandes - que representa Paulo Penedos - requereu a consulta dessas escutas que ainda estão intactas.

Ainda, sobre os escutados e a atestar a sua Inocência (Supostamente dama de companhia de alguém importante) aqui vai uma reacção à notícia:

O advogado de Armando Vara desvaloriza conteúdo das escutas e, embora admitindo a possibilidade de existirem cópias, acrescenta:

"... duvido que as cópias ainda estejam intactas e sendo cópias não devem poder ser consideradas para efeitos legais.... além do mais o juiz incorre no crime de desobediência qualificada e obstrução à justiça, uma vez que um seu superior e único competente para julgar a validade dos conteúdos, determinou a destruição das provas... perdão das escutas.... o que me espanta é não terem sido já castigados os agentes que as executaram em manifesto desrespeito da lei. ... uma pena de prisão efectiva só faria bem às suas carreiras... considero que as escutas devem ser destruídas! Haja bom senso e sentido patriótico! Não se pode denegrir a imagem e a dignidade de alguém, refiro-me a Armando Vara mas não só, que, queiramos ou não são figuras importantes que se destacaram como parte da história de Portugal desta época cujo futuro deve ser protegido..."

Confrontado ainda com a afirmação: "DESTRUIR PROVAS É CRIME EM QUALQUER PARTE DO MUNDO" retorquiu: " ...estamos e Portugal e não noutra parte do mundo e não temos que copiar só por copiar...!

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