terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A mulher mais poderosa de Portugal é Angolana


por Pedro Santos Guerreiro

Portugal tem muitas mulheres importantes, algumas são ricas, poucas são poderosas.
Uma é as três coisas. Tem 36 anos e não é portuguesa. É a angolana Isabel dos Santos.

O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências
Os angolanos são entronizados em Portugal

Dizem que detesta ser tratada como "a filha de José Eduardo dos Santos".
Pela maneira como está a afirmar-se em Portugal, um dia trataremos o Presidente de Angola como "o pai de Isabel dos Santos".
É a nova accionista da Zon.
E de muitas outras empresas. Uma atrás da outra, todas lhe estendem tapetes. Tapetes verdes, da cor do dinheiro.
A mulher mais rica de Portugal, segundo a "Exame", é Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva, com uma fortuna de 731 milhões de euros.
Não tem metade do poder de Isabel dos Santos.
E tem apenas uma fracção do seu dinheiro: só na Galp, BPI, Zon e BESA, a empresária angolana tem quase dois mil milhões de euros. Fora o resto.

A lista dos dez mais ricos de Portugal está aliás cheia de pessoas que fazem negócios com a família dos Santos. Américo Amorim é sócio de Isabel na Galp e no Banco BIC.
Belmiro de Azevedo, segundo foi noticiado, quer ser parceiro de distribuição em Angola. (a)
O Grupo Espírito Santo tem interesses imobiliários, nos diamantes, na banca.
Salvador Caetano tem concessões.
O Coronel Luís Silva acaba de fechar negócio para vender acções da Zon a Isabel dos Santos.
Zon onde João Pereira Coutinho e Joe Berardo são accionistas.

Da lista dos mais ricos, só a família Mello e Soares dos Santos estão "fora" da geografia.
O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências.
Soares dos Santos foi o único a assumir publicamente o desdém pelos níveis de corrupção de Angola.

Isabel dos Santos é accionista da Zon e sócia da PT.
É accionista do BPI e sócia do BES.
É accionista da Galp e a Sonangol é parceira da EDP.
A empresária garante que não tem relações com as actividades do seu pai e da estatal Sonangol.
Identificando todos os interesses em causa, as relações de sociedades portuguesas alargam-se ainda à Caixa, Totta, BPN e Mota-Engil.

O que faz com que tantas empresas portuguesas implorem para fazer negócios com Isabel dos Santos?
E que Isabel "jogue" em equipas rivais, concorrentes confessos em Portugal, sem um pestanejo?
Só uma coisa consegue tanto unanimismo: o dinheiro.
A contrapartida de acesso ao crescente mercado angolano.
Os portugueses não abrem os braços a Isabel dos Santos, abrem-lhe as carteiras - vazias...!!!!
Isabel e José Eduardo construíram um poder tão ramificado em empresas portuguesas que só o Estado e Grupo Espírito Santo os ultrapassarão.
Tanta concentração de poder é mais ameaçadora do que uma nacionalidade.

Fonte: Jornal de negócios



observação pessoal, extra artigo:
(a) - não é bem assim. O poder angolano é que só autoriza a entrada do "Continente" em Angola na condição "desta menina" ser "dona" da distribuição em Angola com o know-how dos Azevedos. Aliás, as Empresas portuguesas para se instalerem em Angola, se tivessem honorabilidade, denunciariam a público a corrupção a que são sujeitas pelo poder angolano, versus Isabel Santos.

E, enquanto andam nesta troca de interesses o povo angolano vive na miséria e passa fome.

Pai, mãe e filho traficavam droga



Uma familia constituida por pai, mãe e filho traficavam droga. Deslocavam-se a Espanha periodicamente, sempre bem vestidos e "montados" em carros de topo de gama.

A Justiça decidiu prender o pai e o filho. A mãe saiu em liberdade. Boa?

Assim fica mais fácil e o megócio irá prosperar.

A mãe continuará a viajar e a ir buscar o material. O pai e o filho sentados à sombra, com cama e roupa lavada, TV, e todas as regalias e conforto das prisões, passarão a vender o produto dentro das grades aos colegas.

É de conhecimento público que a droga circula dentro das prisões.

Portanto, o negócio irá continuar a prosperar sem problema algum.

5 casas oferecidas pelas Câmaras ao mesmo sujeito



Um sujeito dirigiu-se a 5 Câmaras em 5 distritos diferentes, lamentando-se de que não tinha casa e vivia numa carrinha.

Moral da história: Cada uma das Câmaras (Zona do Alentejo) ofereceu-lhe uma casa.

Hoje o sujeito é proprietário de 5 casa em 5 distritos e ninguém toma uma atitude, nem ninguém exige a devolução das casas.

Castigado pela atitude tomada? Nada disso! Coitado do homem!

Aonde pára a Justiça neste País?

A Justiça em Portugal



Um tóxicodependente montou o seu próprio negócio! E sabem como? Fácil!

Roubava carros, carregava bidons na bagageira e dirigia-se às gasolineiras.
Atestava o carro, enchia os bidons e fugia sem pagar a gasolina/gasóleo.
Após ter um estoque razoável, passou a vender a gasolina/gasóleo por uma preço muito atractivo.

Moral da história: foi preso não por roubar oscarros, não por roubar a gasolina/gasóleo.

Foi penalizado com apresentações periódicas por ter andado a fazer preços competitivos às gasolineiras.

E esta, hein?

É esta a Justiça que temos neste País!

Evidentemente que o sujeito continuará muito atarefado a aumentar o seu negócio e vai-se apresentando periodicamente à Policia.

Porca miséria!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A ignorância e as mentiras de Miguel Relvas A ignorância e as mentiras de Miguel Relvas

29 de Outubro de 2011 por Ricardo Santos Pinto



Como seria de prever, o Governo já começou a preparar-nos, lentamente, para o fim definitivo dos subsídios de Férias e de Natal. Primeiro, foi Vítor Gaspar a falar, de forma inusitada, em «vários anos» de cortes, dando a entender que seriam mais de dois. Seguiu-se-lhe Miguel Relvas a preparar o terreno para Pedro Passos Coelho, como sempre a desdizer tudo o que andou a dizer nos últimos anos.

No meio disto tudo, as declarações de Miguel Relvas, para além de profundamente demagógicas, revelam um ministro que não sabe do que fala - e quem não sabe é ignorante - e que falseia a verdade em vários pontos. Ora, quem falseia a verdade mente. E quem mente é mentiroso.

Diz Miguel Relvas que há muitos países que só têm 12 vencimentos, citando a propósito a Holanda, a Inglaterra e a Noruega. E não se percebendo como afirmação tão momentosa não mereceu mais comentários por parte da nossa Comunicação Social, só se pode considerar lamentável que, na ânsia de enganar os contribuintes, os nossos governantes não se importem de passar por ignorantes.

Como Miguel Relvas deve saber, o rendimento do trabalho em todos os países é anual - aliás, é assim que se calcula o IRS. O que existe são formas diferentes de o distribuir durante o ano. Em Portugal, por exemplo, o rendimento anual é distribuído, ou era, por 14 meses.

Quanto aos exemplos dados por Miguel Relvas, chegam a roçar o ridículo. Nem de propósito, falha em todos eles.
Em Inglaterra, o rendimento anual é dividido por 52 semanas e não por 10, 12, 14 ou 16 meses. 52 semanas, senhor ministro.
Na Holanda, os trabalhadores têm direito a Subsídio de Férias, correspondente a 8% do salário anual. Ou seja, caso se tenha trabalhado um ano inteiro, recebe-se um pouco menos de um mês de salário no mês de Junho, para além do mês de férias pagas.

Na Noruega, o rendimento anual é realmente pago em 12 meses. No entanto, o valor do IRS é dividido por 11 meses, sendo que os trabalhadores por conta de outrém recebem, no mês de férias, o ordenado isento de impostos. Ora, não é isto um subsídio de férias?

Para além das mentiras e da ignorância confessa, nota-se no meio disto tudo uma demagogia profunda. Como é possível querer comparar os salários dos portugueses (salário médio anual de 11 689 euros) com os salários de países como a Holanda (23 022 euros), a Noruega (22 263 euros) ou o Reino Unido (22 185 euros)? E ainda por cima querer cortar definitivamente uma parte significativa desse rendimento anual?

O Governo até pode ter legitimidade, o que duvido, para impor este tipo de medidas. Que não faziam parte do Programa de Governo ou do acordo com a Troika. O que não pode é mentir descaradamente aos portugueses e continuar a fazê-lo constantemente como se nada fosse. É que ainda não passaram 5 meses e já estamos fartos destas mentiras. E que tal mentiras novas?

BES -Administrador expulso por insultar moçambicanos -JORNAL i BES -Administrador expulso por insultar moçambicanos -JORNAL i

Pinto Ribeiro foi impedido de trabalhar em Moçambique por ter maltratado trabalhadores do Moza Banco, o parceiro do banco de Ricardo Salgado naquele país africano



"Porra, pretos de merda, vocês não sabem nada, seus amadores, incompetentes, vocês não têm perfil para trabalhar neste Banco, eu aqui mando, vão para a rua". Esta frase, reiteradamente proferida por José Alexandre Maganinho Pinto Ribeiro ao longo de meses, acabou por ser fatal ao administrador português do Moza Banco, parceiro do grupo BES em Moçambique, e custar--lhe quer o lugar no banco quer o direito de trabalhar naquele país africano de expressão portuguesa.

Pinto Ribeiro foi "convidado" a deixar Maputo pelo executivo liderado por Guebuza por maus tratos aos seus subordinados e com base na violação do princípio do "direito à honra, bom nome e integridade moral" bem como do "direito ao trabalho" emanado da Constituição moçambicana.

Segundo um despacho da ministra do Trabalho, Maria Helena Taípo, a que o i teve acesso, datado de 18 de Janeiro, ao "trabalhador estrangeiro", como é designado Pinto Ribeiro no documento oficial, "foi-lhe proibido, com efeitos imediatos, o exercício do direito ao trabalho" na República de Moçambique "em virtude do respectivo comportamento na relação com os trabalhadores violar os princípios plasmados" na lei fundamental moçambicana.

O comportamento do administrador do Moza Banco foi denunciado por vários trabalhadores da instituição parceira do banco de Ricardo Salgado, tendo desencadeado uma acção inspectiva por parte da Direcção do Trabalho de Maputo. Na sequência desta fiscalização, os inspectores constataram que "os trabalhadores têm sofrido maus tratos perpetrados pelo trabalhador estrangeiro".

Ainda segundo o despacho, os colaboradores do banco eram sistematicamente obrigados a trabalhar até às duas horas da madrugada, "sem direito a descanso nem remuneração". Enquanto isto, José Alexandre Pinto Ribeiro insultava-os, berrando-lhes várias palavras ofensivas que a ministra do Trabalho fez questão de reproduzir no documento que fundamenta a sua proibição de continuar a trabalhar no país.

Após a saída do administrador, no mês passado, alguns dos trabalhadores moçambicanos entretanto afastados do quadro da direcção, "visando a integração de estrangeiros" foram reconduzidos.

Em comunicado emitido no seu site, o banco reconhece que foi notificado por algumas irregularidades laborais detectadas no âmbito da inspecção levada a cabo pelo Ministério do Trabalho. E informa que estão a ser tomadas medidas legais adequadas, em fóruns competentes, tendo em vista a defesa dos interesses da instituição. Mas garante que a notificação em nada afecta o seu normal funcionamento nem o processo de expansão e modernização em curso, que passa pela abertura de novas agências em todo o território.

http://www.ionline.pt/dinheiro/bes-administrador-expulso-insultar-mocambicanos

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Quem é Poul Thomsen da Troika

Quem é Poul Thomsen, o representante do FMI na troika que se tem destacado pelas suas afirmações bombásticas, sempre afinadas por uma norma: reduzir os salários? É vice diretor do departamento europeu do FMI, há mais de 20 anos responsável por programas para a Europa de Leste. Ganha mais de 50 salários mínimos portugueses e vive numa mansão em Washington.

Artigo | 15 Fevereiro, 2012 - 01:24

Poul Thomsen é a figura mais destacada da troika que tem vindo a impor os planos de austeridade a Portugal e à Grécia.

Em relação ao nosso país, duas tónicas têm estado constantemente presentes nas suas declarações: a redução de salários e o corte na Taxa Social Única (TSU), a contribuição patronal para a Segurança Social. Ambas com o mesmo efeito: baixar os rendimentos dos trabalhadores, degradar a segurança social pública e aumentar os lucros empresariais.

Lembremos as suas afirmações à comunicação social1, em Novembro passado, de apoio ao corte dos subsídios de férias e Natal no setor público ( é “uma boa ideia”, disse ele) e de que esse corte se devia estender ao setor privado. Essa apreciação ficou mesmo consignada na declaração da troika sobre a segunda missão de avaliação em Portugal, que refere explicitamente: “os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público”2.

Em relação à redução da TSU, a pressão para cortes “arrojados” tem sido constante, desde Maio de 2011. Para Poul Thomsen, a TSU deveria ser reduzida no equivalente a 2% do PIB português 3 ou seja 4 em 8 pontos percentuais 5.

Em dezembro passado, Poul Thomsen apoiou a proposta governamental de aumentar o horário de trabalho em meia hora e voltou a insistir no corte da TSU, em conferência telefónica com a comunicação social6.
Nessa altura, o representante da troika foi ainda mais longe e sublinhou que o Governo deve equacionar despedimentos na função pública 7.

Poul Thomsen tem sido sempre o homem que vai para além dos planos da troika em execução, exigindo publicamente novas reduções de salários e de direitos sociais, sem qualquer respeito pela Constituição ou pelas leis em vigor, mostrando que é de facto um fanático dos cortes,
nomeadamente dos salários, e um feroz defensor da política de salários sempre mais baixos.

Na Grécia, a atitude de Poul Thomsen tem sido semelhante à que tem tido em relação na Portugal, não admirando por isso que o maior sindicato da polícia grega o queira prender 8 ou que até o partido de extrema-direita Laos defenda que ele deva ser considerado persona non
grata na Grécia 9.

Quem é Poul Thomse
Poul Mathias Thomsen é um dinamarquês natural de Aabenraa, onde nasceu em 21 de Maio de 1955. Licenciou-se em Economia na Universidade de Copenhaga em 1979, onde foi assistente entre 1979 e 1982. Em 1982, ingressou no FMI.

A partir de 1987, começou a fazer a ligação do FMI à ex-Jugoslávia. No período da guerra civil da ex-Jugoslávia (1991-1995), Poul Thomsen esteve sempre ligado à ex-Jugoslávia.

Em 1990 e 1991, foi o representante residente do FMI em Belgrado. Entre 1992 e 1996, chefiou
as missões do FMI à Eslovénia e à República da Macedónia.

Entre 1996 e 1998, Poul Thomsen foi também o chefe de missão na Roménia, um país duramente atingido pela crise e onde o FMI impôs recentemente duros cortes salariais, numa “negociação” liderada por ele.

De 1998 a 2000, Poul Thomsen liderou a divisão do FMI na Rússia e, entre 2001 e 2004, foi o representante residente sénior do FMI e líder do escritório em Moscovo10.

Atualmente, Poul Thomsen é o vice diretor do departamento europeu do FMI e como tal lidera e conduz diretamente os processos da Islândia, da Grécia, de Portugal e também da Ucrânia e da Roménia. Em todos os casos se tem destacado pela defesa de uma política acelerada de privatizações e cortes desenfreados nos salários e nos serviços públicos.

Mais de 50 salários mínimos portugueses livres de impostos De acordo com o jornal grego “Eleftheros Typos”, Poul Thomsen ganhará mais de 309.000 dólares por ano11, de acordo com o nível B05 do FMI.

Como assinala o jornal grego, Thomsen ganhará o equivalente a 53 salários mínimos portugueses. Como funcionário do FMI não-americano residente nos Estados Unidos, grande parte dos seus rendimentos são livres de impostos – uma das benesses garantida pelo FMI aos seus funcionários. Apesar de pregar e impor os cortes salariais drásticos nos países onde representa aquela organização internacional, em 2011 terá tido um aumento no seu vencimento de 4,9% - o aumento garantido pelo FMI.

Poul Thomsen vive com a sua família em Washington12, a capital dos Estados Unidos, numa mansão de três pisos, que lhe terá custado mais de 1.505.000 dólares.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

BCP , CGD e outros afins... ????

“SEM COMENTÁRIOS”, PORQUE NÃO?
POIS A MIM PARECE-ME DEVER DE TODOS NÓS DAR OS PARABÉNS AO
AUTOR DESTE ARTIGO.
COM MUITO RESPEITO TIRO O CHAPÉU AO SENHOR HENRIQUE RAPOSO…
E CUMPRIMENTO O “EXPRESSO”!


ESTE PROCURADOR é cá um videirinho!!!
O dr. Pinto Monteiro, esse homem fatal e atento, acha que há indícios de crime nas contas da Madeira. Pois claro, dr. Pinto Monteiro. Bater no ceguinho é uma atividade digna como outra qualquer. Mas onde andou V. Exa. quando o ex-primeiro-ministro transformou Portugal inteiro numa opaca Madeira em tamanho XXL? Onde? E, já agora, outra perguntinha: se há indícios de crime na Madeira, não existe nada nas contas e continhas e esqueminhas do BCP/CGD/Berardo/Vara? Nos nossos excelsos códigos napoleónicos, não existe uma figura, uma alínea para aplicar ao esquema entre o CGD/BCP/Berardo/Vara? Nada?
Não sabe do que estou a falar, meu caro? Não tem mal, eu refresco-lhe a memória. A CGD - o banco estatal português (isto é, meu e seu) e que deveria usar as escassas poupanças dos portugueses no fomento da nossa produção - gastou centenas de milhões de euros para financiar investidores privados para que estes tivessem a possibilidade de fazer uma OPA silenciosa sobre outro banco, o BCP. Um único indivíduo, um senhor que se veste à zorro, obteve da CGD uns míseros 360 milhões de euros para comprar quase 5% do BCP. E sabe o que é notável? Este zorro da África do Sul, o Johnny Berardo, deu como garantia à CGD as próprias ações que comprou. Não é um esquema notável? Se as coisas corressem bem, o Johnny vendia as ações e metia o lucro no seu bolso, sem nunca arriscar um cêntimo do seu próprio dinheiro. Se tudo corresse mal, quem se lixava era a própria CGD e os contribuintes (eu e V. Exa.). Parece que a realidade optou pela segunda hipótese. Consequências deste capitalismo chico esperto? Ainda não vi nada.
Mas sabe uma coisa, meu caro Procurador? O esqueminha não acaba aqui. Uma vez dentro do BCP, Berardo foi fundamental para a OPA agressiva ao BCP feita pela CGD. E sabe quem foi para direcção do BCP? Pois, já adivinhou: os administradores da CGD que deram a Berardo os 360 milhões, Santos Ferreira e o omnipresente Armando Vara. Agora diga-me uma coisa: em todas as nossas leis, as mais perfeitas do mundo e arredores, não existirá uma alínea que justifique uma investigação a este caso?

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Perguntas ao Sr. Presidente Cavaco sobre Oliveira e Costa, Duarte Lima, e Dias Loureiro

Tiago Mesquita (www.expresso.pt

8:00 Terça feira, 13 de setembro de 2011

O PIOR É QUE ESTAS PERGUNTAS DEVERIAM SER FEITAS POR UM JUIZ...

Gostava de ouvir o Presidente Aníbal Cavaco Silva falar um pouco sobre estes três senhores. Acólitos, amigos de casa, colegas de partido, de governo e de lideranças, conselheiros e companheiros de aventuras e lutas partidárias, vizinhos de Verão e sardinhadas.

Exmo. Sr. Presidente da Republica,

Tendo em conta tudo o que se tem passado, deixo-lhe algumas perguntas que me têm assolado o espírito, e estou certo que o de muitos portugueses, e que gostaria de ver respondidas, sabendo que jamais isso acontecerá.

1 - Onde pára Dias Loureiro?

2 - Há quanto tempo não fala com ele?

3 - Dias Loureiro foi Conselheiro de Estado. Alguma vez seguiu os conselhos dele?

4 - Não acha estranho que alguém que diz não ter posses e declarar uma miséria ir depor de Jaguar com motorista?

5 - Conseguia emprestar 5 euros a Dias Loureiro para ir ao café, sem pedir fiador na operação?

6 - Se nunca soube absolutamente nada do que se passava no BPN e na SLN, de que falava com esta rapaziada quando se juntavam na vivenda "Mariani"? Agora à distância, não se sente de alguma forma "traído" por lhe terem escondido tanta coisa?

7 - Oliveira e Costa é um bom vizinho no Algarve, ou é daqueles chatos que aparece a dizer que lhe faltou a luz por causa da andorinha que fez ninho na caixa da electricidade e depois fica até se acabar a garrafa de Chivas?

8 - O Sr. Presidente era homem para aplicar 200 mil euros seus numa poupança recomendada pelo seu amigo Oliveira e Costa? (na resposta considerar que este senhor perdeu 275 mil euros com a venda de acções que lhe fez)

9 - Acha que Duarte Lima "despachou" a velha no Brasil? (Se a resposta for não passar à pergunta 11)

10 - O que o leva a crer que sim? Alguma vez viu Duarte Lima ser agressivo com um idoso?

11 - Considera ter azar com os amigos que escolhe ou gosta de se rodear de gente com problemas com a justiça, desde crimes de colarinho branco aos de sangue?

12 - Acha que é injusto o provérbio português "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és" ou concorda com ele?

13- Esta é minha: Não se sente Ali-Bábá? Estes, e muitos mais que 40, "governaram", "aconselharam", "legislaram" e roubaram milhões ao Povo Português.

Carta Aberta a Cavaco

DO MELHOR QUE SE TEM ESCRITO NOS ÚLTIMOS TEMPOS - EM ESTILO OITOCENTISTA -SOBRE FACTOS OCORRIDOS EM “PORTUGAL” NOS SÉCULOS XX e XXI.
NEM ALMEIDA GARRET SERIA TÃO ASSERTIVO


Carta Aberta ao venerando chefe do estado a que isto chegou

Senhor Presidente,

Há muito
, muito tempo, nos dias depois que Abril floriu e a Europa se abriu de par em par, foi V.Exa por mandato popular encarregue de nos fazer fruir dessa Europa do Mercado Comum, clube dos ricos a que iludidos aderimos, fiados no dinheiro fácil do FEDER, do FEOGA, das ajudas de coesão (FUNDO DE COESÃO) e demais liberalidades que, pouco acostumados, aceitámos de olhar reluzente, estranhando como fácil e rápido era passar de rincão estagnado e órfão do Império para a mesa dos poderosos que, qual varinha mágica, nos multiplicariam as estradas, aumentariam os direitos, facilitariam o crédito e conduziriam ao Olimpo até aí inatingível do mundo desenvolvido.
Havia pequenos senãos, arrancar vinhas, abater barcos, não empatar quem produzisse tomate em Itália ou conservas em Marrocos, coisa pouca e necessária por via da previdente PAC, mas, estando o cheque passado e com cobertura, de inauguração em inauguração, o país antes incrédulo, crescia, dava formação a jovens, animava a construção civil , os resorts de Punta Cana e os veículos topo de gama do momento.
Do alto do púlpito que fora do velho Botas, V.Exa passaria à História como o Modernizador, campeão do empreendedorismo, símbolo da devoção à causa pública, estóico servidor do povo a partir da marquise esconsa da casa da Rua do Possôlo. Era o aplicado aluno de Bruxelas, o exemplo a seguir no Mediterrâneo, o desbravador do progresso, com o mapa de estradas do ACP permanentemente desactualizado.
O tecido empresarial crescia, com pés de barro e frágeis sapatas, mas que interessava, havia pão e circo, CCB e Expo, pontes e viadutos, Fundo Social Europeu e tudo o que mais se quisesse imaginar, à sombra de bafejados oásis de leite e mel, Continentes e Amoreiras, e mais catedrais escancaradas com um simples cartão Visa.
Ao fim de dez anos, um pouco mais que o Criador ao fim de sete, vendo a Obra pronta, V.Exa descansou, e retirou-se. Tentou Belém, mas ingrato, o povo condenou-o a anos no deserto, enquanto aprendizes prosseguiam a sanha fontista e inebriante erguida atrás dos cantos de sereia, apelando ao esbanjamento e luxúria.
No início do novo século, preocupantes sinais do Purgatório indicaram fragilidades na Obra, mas jorrando fundos e verbas, coisa de temerários do Restelo se lhe chamou. À porta estava o novo bezerro de ouro, o euro, a moeda dos fortes, e fortes agora com ela seguiríamos, poderosos, iguais.
Do retiro tranquilo, à sombra da modesta reforma de servidor do Estado, livros e loas emulando as virtudes do novo filão foram por V.Exa endossados , qual pitonisa dos futuros que cantam, sob o euro sem nódoa, moeda de fortes e milagreiro caminho para o glorioso domínio da Europa.
Migalha a migalha, bitaite a bitaite, foi V.Exa pacientemente cozendo o seu novelo, até que, uma bela manhã de nevoeiro, do púlpito do CCB, filho da dilecta obra, anunciou aos atarantados povos estar de volta, pronto a servir.
Não que as gentes o merecessem, mas o país reclamava seriedade, contenção, morgados do Algarve em vez de ostras socialistas.
Seria o supremo trono agora, com os guisados da Maria e o apoio de esforçados amigos que, fruto de muito suor e trabalho, haviam vingado no exigente mundo dos negócios, em prol do progresso e do desenvolvimento do país.
Salivando o povo à passagem do Mestre, regressado dos mortos, sem escolhos o conduziram a Belém, onde petiscando umas pataniscas e bolo-rei sem fava, presidiria, qual reitor, às traquinices dos pupilos, por veladas e paternais palavras ameaçando reguadas ou castigos contra a parede.
E não contentes, o repetiram segunda vez, e V. Exa, com pungente sacrifício lá continuou aquilíneo cônsul da república, perorando homilias nos dias da pátria e avisando ameaçador contra os perigos e tormentas que os irrequietos alunos não logravam conter.
Que preciso era voltar à terra e ao arado, à faina e à vindima, vaticinou V.Exa, coveiro das hortas e traineiras; que chegava de obras faraónicas, alertou, qual faraó de Boliqueime e campeão do betão; que chegava de sacrifícios, estando uns ao leme, para logo aconselhar conformismo e paciência mal mudou o piloto.
Eremita das fragas, paroquial chefe de família, personagem de Camilo e Agustina, desprezando os políticos profissionais mas esquecendo que por junto é o profissional da política há mais anos no poder, preside hoje V.Exa ao país ingrato que, em vinte anos, qual bruxedo ou mau olhado, lhe destruiu a obra feita, como vil criatura que desperta do covil se virou contra o criador, hoje apenas pálida esfinge, arrastando-se entre a solidão de Belém e prosaicas cerimónias com bombeiros e ranchos.
Trinta anos, leva em cena a peça de V.Exa no palco da política, com grandes enchentes no início e grupos arregimentados e idosos na actualidade.
Mas, chegando ao fim o terceiro acto, longe da epopeia em que o Bem vence o Mal e todos ficam felizes para sempre, tema V.Exa pelo juízo da História, que, caridosa, talvez em duas linhas de rodapé recorde um fugaz Aníbal, amante de bolo-rei e desconhecedor dos Lusíadas, que durante uns anos pairou como Midas multiplicador e hoje mais não é que um aflito Hamlet nas muralhas de Elsinore, transformado que foi o ouro do bezerro em serradura e sobrevivendo pusilâmine como cinzento Chefe do estado a que isto chegou, não obstante a convicção, que acredito tenha, de ter feito o seu melhor.
Respeitoso e Suburbano, devidamente autorizado pela Sacrossanta Troika,

António Maria dos Santos
Sobrevivente (ainda) do Cataclismo de 2011

O peso da justiça



http://img100.imageshack.us/img100/4492/paulateixeirapintojusti.jpg



O despacho do Diário da Republica de 27 Janeiro de 2012 que pode ser visto [ver o link acima], diz que alguém foi nomeado para o gabinete da Ministra para “prestar conselho técnico no âmbito da área da Informática e das novas tecnologias” com a remuneração mensal de 3892.82 euros, acrescidas dos subsídios de férias e Natal de igual montante, subsidio de refeição, bem como das despesas de representação fixadas para os adjuntos dos gabinetes dos membros do governo.
Um bom exemplo da justiça que podemos esperar de mais uma reforma da justiça feita por esta gente. É o que sempre sucede quando a porcaria do dinheiro pesa mais que a própria justiça. o que por cá já acontece há tempo demais.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Afinal quem são… os Fascistas?



A Lei 2105

(de António de Oliveira SALAZAR)


Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.
Corria o ano de 1960 quando foi publicada no "Diário do Governo" de 6 de Junho a Lei 2105, com a assinatura de Américo Tomaz, Presidente da República, e do Presidente do Conselho de Ministros, Oliveira Salazar.
Conforme nos descreve Pedro Jorge de Castro no seu livro "Salazar e os milionários", publicado pela Quetzal em 2009, essa lei destinou-se a disciplinar e moralizar as remunerações recebidas pelos gestores do Estado, fosse em que tipo de estabelecimentos fosse. Eram abrangidos os organismos estatais, as empresas concessionárias de serviços públicos onde o Estado tivesse participação accionista, ou ainda aquelas que usufruíssem de financiamentos públicos ou "que explorassem actividades em regime de exclusivo". Não escapava nada onde houvesse investimento do dinheiro dos contribuintes.
E que dizia, em resumo, a Lei 2105?
Dizia que ninguém que ocupasse esses lugares de responsabilidade pública podia ganhar mais do que um Ministro. Claro que muitos empresários andaram logo a espiolhar as falhas e os buraquinhos por onde a 2105 pudesse ser torneada, o que terão de certo modo conseguido devido à redacção do diploma, que permitia aos administradores, segundo transcreve o autor do livro, "receber ainda importâncias até ao limite estabelecido, se aos empregados e trabalhadores da empresa for atribuída participação nos lucros".
A publicação desta lei altamente moralizadora ocorreu no Estado Novo de Salazar, vai dentro de 2 meses fazer 50 anos. Catorze anos depois desta lei "fascista", em 13 de Setembro de 1974 (e seguindo sempre o que nos explica o livro de Pedro Castro), o Governo de Vasco Gonçalves, recém-saído do 25 de Abril, pegou na ambiguidade da Lei 2105 e, através do Decreto Lei 446/74, limitou os vencimentos dos gestores públicos e semi-públicos ao salário máximo de 1,5 vezes o vencimento de um Secretário de Estado. Vendo bem, Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar, quando assinaram o 446/74, passaram simplesmente os vencimentos dos gestores do Estado do dobro do que ganhava um Ministro para uma vez e meia do que ganhava um Secretário de Estado.
O Decreto- Lei justificava a correcção pelo facto da redacção pouco precisa da 2105 permitir "interpretações abusivas" permitindo "elevados vencimentos e não menos excessivas pensões de reforma". Ao lermos esta legislação hoje, dá a impressão que se mudou, não de país, mas de planeta, porque isto era no tempo do "fascismo" (Lei 2105) ou do "comunismo" (Dec. Lei 446/74). Agora, é tudo muito melhor, sobretudo para os reis da fartazana que são os gestores do Estado dos nossos dias.
Não admira, porque mudando-se os tempos, mudam-se as vontades, e onde o sector do Estado pesava 17% do PIB no auge da guerra colonial, com todas as suas brutais despesas, pesa agora 50%. E, como todos sabemos, é preciso gente muito competente e soberanamente bem paga para gerir os nossos dinheirinhos.
Tão bem paga é essa gente que o homem que preside aos destinos da TAP, Fernando Pinto, que é o campeão dos salários de empresas públicas em Portugal (se fosse no Brasil, de onde veio, o problema não era nosso) ganha a monstruosidade de 420.000 euros por mês, um "pouco" mais que Henrique Granadeiro, o presidente da PT, o qual aufere a módica quantia de 365.000 mensais.
Aliás, estes dois são apenas o topo de uma imensa corte de gente que come e dorme à sombra do orçamento e do sacrifício dos contribuintes, como se pode ver pela lista divulgada recentemente por um jornal semanário, onde vêm nomes sonantes da nossa praça, dignos representantes do despautério e da pouca vergonha a que chegou a vida pública portuguesa.
Assim - e seguindo sempre a linha do que foi publicado - conhecem-se 14 gestores públicos que ganham mais de 100.000 euros por mês, dos quais 10 vencem mais de 200.000. O ex-governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, o mesmo que estima à centésima o valor do défice português, embora nunca tenha acertado no seu valor real, ganhava 250.000 euros/mês, antes de ir para o exílio dourado de Vice-Presidente do Banco Central Europeu.
Não averiguei quanto irá vencer pela Europa, mas quase aposto que não será tanto como ganhava aqui na Santa terra lusitana. Entretanto, para poupar uns 400 milhões nas deficitárias contas do Estado, o governo não hesita em cortar benefícios fiscais a pessoas que ganham por mês um centésimo, ou mesmo 200 e 300 vezes menos que os homens (porque, curiosamente, são todos homens...) da lista dourada que o "Sol" deu à luz há pouco tempo.
Curioso é também comparar este valores salariais com os que vemos pagar a personalidades mundiais como o Presidente e o Vice-Presidente dos EUA, os Presidentes da França, da Rússia, e...de Portugal.
Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.
Não é preciso muito, nem sequer é preciso ir tão longe como o DL 446 de Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar:
Basta ressuscitar a velhinha, mas pelos vistos revolucionária Lei 2105, assinada há 50 anos por Oliveira Salazar.








NÃO É CUNHADO, É O IRMÃO DO AMANTE DA MINISTRA DA JUSTIÇA



Mas "quem tem telhados de vidro" deveria ter mais cuidado, particularmente quando se metem com quem não tem papas na lingua, como é o caso deste Bastonário da Ordem dos Advogados.

A Ministra desmentiu que tivesse nomeado familiares para o seu gabinete. Aqui vai a resposta do Bastonário da Ordem dos Advogados.

No jobs for the boys, friends or relatives????

Mais um embuste para enganar os Portugueses.

NÃO É CUNHADO, É O IRMÃO DO AMANTE DA MINISTRA DA JUSTIÇA porra!



À ministra da Justiça

Publicado às 00.36
Depois de andar a acusar-me de lhe dirigir ataques pessoais, a sra. ministra da Justiça veio agora responder à denúncia que eu fiz de ter usado o cargo para favorecer o seu cunhado, Dr. João Correia. Diz ela que não tem cunhado nenhum e que isso até se pode demonstrar com uma certidão do registo civil. Já antes, com o mesmo fito, membros do seu gabinete haviam dito à imprensa que ela é divorciada.
Podia explicar as coisas recorrendo à explícita linguagem popular ou até à fria terminologia jurídica que têm termos bem rigorosos para caracterizar a situação. Vou faze-lo, porém, com a linguagem própria dos meus princípios e convicções sem deslizar para os terrenos eticamente movediços em que a sra. ministra se refugia.
A base moral da família não está no casamento, seja enquanto sacramento ministrado por um sacerdote, seja enquanto contrato jurídico homologado por um funcionário público. A base moral da família está na força dos sentimentos que unem os seus membros. Está na intensidade dos afectos recíprocos que levam duas pessoas a darem as mãos para procurarem juntas a felicidade; que levam duas pessoas a estabelecerem entre si um pacto de vida comum, ou seja, uma comunhão de propósitos existenciais através da qual, juntos, se realizam como seres humanos. Através dessa comunhão elas buscam em conjunto a felicidade, partilhando os momentos mais marcantes das suas vidas, nomeadamente, as adversidades, as tristezas, as alegrias, os triunfos, os fracassos, os prazeres e, naturalmente, a sexualidade.
O casamento, quando existe, agrega tudo isso numa síntese institucional que, muitas vezes, já nada tem a ver com sentimentos, mas tão só com meras conveniências sociais, morais, económicas ou políticas. Por isso, para mim, cunhados são os irmãos das pessoas que, por força de afectos recíprocos, partilham entre si, de forma duradoura, dimensões relevantes das suas vidas.
É um gesto primário de oportunismo invocar a ausência do casamento para dissimular uma relação afectiva em que se partilham dimensões fundamentais da existência, unicamente porque não se tem coragem para assumir as consequências políticas de opções que permitiram que essa relação pessoal se misturasse com o exercício de funções de estado, chegando, inclusivamente, ao ponto de influenciar decisões de grande relevância política.
Tal como o crime de violência doméstica pode ocorrer entre não casados também não é necessário o casamento para haver nepotismo. Basta utilizarmos os cargos públicos para favorecermos as pessoas com quem temos relações afectivas ou os seus familiares. Aliás, é, justamente, aí que o nepotismo e o compadrio são mais perniciosos, quer porque são mais intensos os afectos que o podem propiciar (diminuindo as resistências morais do autor), quer porque pode ser mais facilmente dissimulado do que no casamento, pois raramente essas relações são conhecidas do público.
Aqui chegados reitero todas as acusações de nepotismo e favorecimento de familiares que fiz à Sra. Ministra da Justiça. Mas acuso-a também de tentar esconder uma relação afectiva, unicamente porque não tem coragem de assumir as consequências políticas de decisões que favoreceram o seu cunhado, ou seja o irmão da pessoa com quem ela estabeleceu essa relação. Acuso publicamente a Sra. Ministra de tentar tapar o sol com a peneira, procurando dissimular uma situação de nepotismo com a invocação de inexistência de casamento, ou seja, refugiando-se nos estereótipos de uma moralidade retrógrada e decadente.
A sra. ministra da Justiça tem o dever republicano de explicar ao país por que é que nomeou o seu cunhado, dr. João Correia, para tarefas no seu ministério, bem como cerca de 15 pessoas mais, todas da confiança exclusiva dele, nomeadamente, amigos, antigos colaboradores e sócios da sua sociedade de advogados. Isso não é uma questão da vida pessoal da Sra. Ministra. É uma questão de estado.




Nota: Desorientada no labirinto das suas contradições, a sra. ministra da Justiça mandou o seu chefe de gabinete atacar-me publicamente, o que ele, obediente, logo fez, mas em termos, no mínimo, institucionalmente incorrectos. É óbvio que não respondo aos subalternos da sra. ministra, por muito que eles se ponham em bicos de pés.

Barclays propõe rescisão a todos trabalhadores em Portugal



Todos os colaboradores efectivos do banco, cerca de 2100, receberam ontem um e-mail com uma proposta de rescisão amigável.

Foram 2.100 os funcionários do Barclays em Portugal que ontem receberam no seu e-mail uma proposta de rescisão de contrato, confirmou ao Económico fonte oficial do banco. O plano de redução de custos admite ainda a possibilidade de fechar balcões em Portugal.

Fonte oficial do banco garante, no entanto, que embora o plano de rescisões englobe todos os colaboradores efectivos da entidade bancária, o Barclays não vai sair de Portugal. "A intenção não é de todo fechar a operação em Portugal. Esse plano não está em cima da mesa", explica a mesma fonte acrescentando que a proposta de rescisão seguiu para todos os trabalhadores do banco "por uma questão de equidade", mas num cenário limite, em que demasiados colaboradores aderissem a este plano, o Barclays reserva-se "ao direito de recusar algumas propostas".

Este plano de rescisões arrancou ontem e deverá terminar em meados de Março, acrescentou a mesma fonte, recusando-se porém a adiantar qual o valor oferecido aos trabalhadores para negociar a rescisão. "São condições vantajosas. Tem grandes vantagens em termos financeiros. Além disso os funcionários mantêm o seguro de saúde e as vantagens no acesso ao crédito bancário. O banco disponibiliza ainda os serviços de uma empresa para a recolocação de trabalhadores no mercado. Além de uma boa indemnização financeira", acrescenta.