quinta-feira, 29 de março de 2012
A carta aberta da Sara Fidalgo (filha de uma prof que não aguentou mais e se suicidou...)
Carta a professores, alunos, pais, governantes, cidadãos e quaisquer outros que possam sentir-se tocados e identificados. por Sara Fidalgo a Sexta-feira, 9 de Março de 2012 às 11:21 ·
As reformas na educação estão na boca do mundo há mais anos do que os que conseguimos recordar, chegando ao ponto de nem sabermos como começaram nem de onde vieram. Confessando, sou apenas uma das que passou das aulas de uma hora para as aulas de noventa minutos e achei aquilo um disparate total. Tirava-nos intervalos, tirava-nos momentos de caçadinhas e de saltar à corda e obrigava-nos a estar mais tempo sentados a ouvir sobre reis, rios, palavras estrangeiras e números primos. Depois veio o secundário e deixámos de ter “folgas” porque passou a haver professores que tinham que substituir os que faltavam e nós ficávamos tristes. Não era porque não queríamos aprender, era porque as “aulas de substituição” nos cansavam mais do que as outras. Os professores não nos conheciam, abusávamos deles e era como voltar ao zero. Eu era pequenina. E nunca me passou pela cabeça pensar no lado dos professores. Até ao dia 1 de Março. Foi o culminar de tudo. Durante semanas e semanas ouvi a minha mãe, uma das melhores professoras de Inglês que conheci, o meu pilar, a minha luz, a minha companhia, a encher a boca séria com a palavra depressão. A seguir vinham os tremores, as preocupações, as queixas de pais, as crianças a quem não conseguimos chamar crianças porque são tão indisciplinadas que parece que lhes falta a meninice. Acreditem ou não, há pais que não sabem o que estão a criar. Como dizia um amigo meu: “Antigamente, fazíamos asneiras na escola e quando chegávamos a casa levávamos uma chapada do pai ou da mãe. Hoje, os miúdos fazem asneiras e os pais vão à escola para dar a dita chapada nos professores”. Sim, nos professores. Aqueles que tomam conta de tantos filhos cujos pais não têm tempo nem paciência para os educar. Sim, os professores que fazem de nós adultos competentes, formados, civilizados. Ou faziam, porque agora não conseguem.
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Querida ,
ResponderEliminarCom certeza, por muito que esta Sra tenha passado , não teria razão para cometer tal ato. São estas lamechices que vivemos e ouvimos do nosso povo, que até certa altura foi povo privilegiado,(funcionários públicos), sem grandes contas para dar. Pelo o mal feito por uns pagam os outros. Talvez se aprendermos a denunciar os casos atempadamente, as coisas tomem outro rumo. O pioneirismo na perfeição nunca fez mal a ninguém.
Abram os olhos, e olhem á vossa volta , há pessoas a trabalhar em situação sub-humana e dão o seu melhor, sem grandes queixumes. Precisam de trabalhar para receber um vencimento para poder comer e pouco mais. Sim, talvez existam mais do que aqueles que alguma vez pensamos.Amor á profissão????Claro que sim. Temos verdadeiros exemplos de conquistadores á custa do seu suor e lágrimas.Que construíram verdadeiros impérios. Continuamos com pensamentos e comportamentos egocêntricos .
Quem reenvia uma carta destas deveria ler com um entendimento mais alargado. Nem tudo o que parece é. Típico do Português." O parecer em vez do ser". Não muda mesmo.
Podem reenviar, não tenham medo.