MEUS
QUERIDOS AMIGOS SOCIALISTAS.
Depois de ouvir o vosso líder parlamentar, numa extraordinária quão breve dissertação sobre os Renault Clio, venho pedir-vos que não gozem comigo, por ter comprado um, às prestações de 290 € por mês e usado.
Não ando de Mercedes, BMW ou Audi, porque, como professor Catedrático do 4º escalão da Universidade de Coimbra, ( e Membro das Academias Nacionais da Histór
Depois de ouvir o vosso líder parlamentar, numa extraordinária quão breve dissertação sobre os Renault Clio, venho pedir-vos que não gozem comigo, por ter comprado um, às prestações de 290 € por mês e usado.
Não ando de Mercedes, BMW ou Audi, porque, como professor Catedrático do 4º escalão da Universidade de Coimbra, ( e Membro das Academias Nacionais da Histór
ia,
das Belas Artes, da Marinha, da Real Academia de Bellas Artes de San Ferando de
Espanha e de mais meia dúzia delas, decano da área de Património das
Universidades Portuguesas, Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, Medalha
de Mérito-Classe Ouro de Belas Artes, Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, e
com cerca de 200 livros e artigos publicados, 12 com prémios, como o Prémio
Gulbenkian ), não tenho dinheiro para mais. Percebi, ontem, que é vergonhoso
andar de Clio, em Portugal, que isso nos apouca.
Só que isso nos diminui aos olhos de quem, na vida, nunca fez nada e nunca trabalhou no duro, e passou a juventude na intriga e a comer, beber e viajar à conta dos partidos políticos, a esperar pacientemente nas Jotas, para chegar a adulto e, de preferência, como o Zorrinho, para entrar para uma loja maçónica e na Assembleia ou num gabinete ministerial. Eu cá, loja, só a mercearia do meu Avô, na Rua do Corvo.
Afinal já percebo porque é que as minhas netas, às vezes, não querem vir ao meu colo: não é por birra, é que têm vergonha por eu ter um Renault Clio.
Só que isso nos diminui aos olhos de quem, na vida, nunca fez nada e nunca trabalhou no duro, e passou a juventude na intriga e a comer, beber e viajar à conta dos partidos políticos, a esperar pacientemente nas Jotas, para chegar a adulto e, de preferência, como o Zorrinho, para entrar para uma loja maçónica e na Assembleia ou num gabinete ministerial. Eu cá, loja, só a mercearia do meu Avô, na Rua do Corvo.
Afinal já percebo porque é que as minhas netas, às vezes, não querem vir ao meu colo: não é por birra, é que têm vergonha por eu ter um Renault Clio.
Sem comentários:
Enviar um comentário